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Ao apresentar meu site para você, gostaria que você tivesse em mãos um exemplar da Bíblia. Dessa forma, você poderá comparar texto com texto, Escritura com Escritura, essa forma de análise, faz com que você abandone de vez todo pressuposto sobre qualquer texto ou argumento de qualquer autor em qualquer livro ou em qualquer seção.

Reflita comigo, o Autor bíblico inspirou homens em todas as épocas, são ao todo mais de quarenta que receberam orientações do Espírito Santo para escrever a Bíblia ao longo de aproximadamente mil e seiscentos anos, então, nunca é demais lembrar que, cada autor escreve com base naquilo em que foi inspirado.

Quando um expositor bíblico não procura entender a linha de argumentação formulada pelo autor, toda essa linha argumentativa se perde, esse fenômeno pode ser facilmente explicado pela falta de uma exegese minuciosa de cada texto, ou conjunto de textos que podem formar esse argumento, um claro exemplo está contido na carta de Paulo aos Romanos, em que o argumento sobre a justificação pela fé toma os onze primeiros capítulos da carta, nesse caso, a linha de raciocínio do autor, procura informar os leitores da carta sobre a questão já colocada. Qualquer outra tentativa de "reargumentar" a ideia do autor, causará um dano irreparável ao conteúdo que se segue. Essa regra portanto, serve para quase toda a Bíblia, porém, alguns livros podem ter uma argumentação em apenas um ou outro versículo, veja o caso de Eclesiastes e Provérbios em que muitos versículos se definem por si só na questão da explanação do pensamento do autor, fechando em si, uma ideia básica.
Exemplo clássico: Provérbios 15:1 A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.


 

                            A doutrina da salvação:

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Salvação é palavra de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção muito pobre da inefável salvação consumada por Jesus, o que às vezes reflete uma vida espiritual descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e total por Jesus, e a busca constante de sua comunhão.

Em Efésios 6, quando o apóstolo discorre sobre a armadura de combate do soldado cristão, fala do capacete da salvacão (v17). O capacete cobria totalmente a cabeça, protegendo-a. Isso fala da plenitude do conhecimento e da experiência da salvação.

Salvação não significa apenas livramento da condenação do Inferno. Ela abarca todos os atos e processos redentores e transformadores da parte de Deus para com o homem e o mundo através de Jesus, o Redentor, nesta vida e na outra.

Salvação é o resultado da redenção efetuada por Jesus. Redenção foi o meio que Deus proveu para livrar o homem de seus pecados. Salvação é o usufruto desse livramento. No sentido comum e limitado, Salvação significa a obra que Deus realiza instantaneamente no pecador que a Ele se entrega, perdoando-o e regenerando-o. Porém, a Salvação tem sentido e alcance muito mais vasto. Assim considerada, significa o pleno livramento da presença do pecado e suas conseqüências, o que somente ocorrerá na glória celestial. Nesse sentido, a Salvação alcança também outras esferas além da humana (Cl 1.20).

A Salvação foi planejada por Deus Pai (Ap 13.8 e 1Pd 1.18-20). Deus Filho consumou-a (Jo 19.30 e Hb 5.9). O Espírito Santo aplica-a ao pecador (Jo 3.5; Tt 3.5 e Rm 8.2). Tudo por graça (Ef 2.8).

Milhares de filhos de Deus são hoje salvos por Jesus, mas ainda não examinaram detalhadamente a sublimidade desta Salvação em seus dois sentidos: objetivo e subjetivo. A Salvação que Jesus efetuou no Calvário é tão rica, profunda e grandiosa que somente na outra vida é que começaremos a entender de fato o seu infinito alcance. Quando as eras futuras começarem o seu curso na glória celestial, começaremos a compreender as riquezas infinitas desta Salvação em Jesus Cristo (Ef 2.7; 3.8).

Vejamos a Salvação em si, do ponto de vista objetivo, considerando Deus como doador e o homem como o recipiendário. Nesse sentido, ela tem três aspectos, todos simultâneos: justificação, regeneração e santificação. Uma pessoa verdadeiramente justificada é também regenerada e santificada.

Justificação é um termo judicial. Fala de quebra da Lei (1Jo 3.4). Ele é o ato de transformação ou mudança de estado do pecador, perante Deus, operada por Ele mesmo. A justificação tem caráter exterior. Deus é o juiz, Cristo é o advogado e o homem, o réu. A transgressão da Lei de Deus é o pecado cometido.

O resultado da justificação na vida do novo crente é a mudança de posição perante Deus. De condenado que era, o homem passa a justificado. Na justificação, o homem entra em boas relações com Deus quanto às suas leis, pois Ele é justo (Rm 5.1; 8.1-4). A justificação é um ato divino fora do indivíduo, enquanto a regeneração ocorre no interior da criatura.

É muito maravilhoso o modo como Deus providenciou e efetua a nossa justificação. A justiça de Cristo é creditada à nossa conta espiritual (Rm 3.24-28). Romanos trata desse assunto de modo completo e majestoso.

Para a nossa justificação: a) Deus, em sua graça, colocou seu Filho em meu lugar, e, na cruz, transferiu minhas culpas e crimes para Ele; b) Jesus morreu voluntariamente por mim; c) Eu preciso aceitar, por fé, este único método divino de justificação do ímpio (Rm 4.5), confessando a Jesus como meu Salvador (Rm 10.9).

Assim, sem ultrajar sua perfeita justiça, Deus justifica o ímpio (aparentemente um absurdo), substituindo o culpado pelo inocente (Cristo), transferindo minhas culpas para Ele. Deste modo, Deus proveu a justificação para mim e para ti, mediante substituição e transferência, tudo por Cristo. Legalmente, não deveria haver misericórdia para com o culpado. Deveria ele ser punido. Porém, em virtude do sacrifício de Cristo, Deus, o Justo Juiz, faz justiça, perdoando o penitente que a Ele vem com fé. Assim, essa justificação por Jesus só é efetivada na vida do pecador que o aceitar como seu Salvador. Somente aceitando Jesus o pecador entra no plano divino para sua Salvação.

Vê-se, assim, que, no sentido bíblico, justificar é mais do que perdoar. O perdão remove a condenação do pecado, e a justi¬ficação nos declara justos. Um juiz terreno ou chefe de Estado pode perdoar um criminoso, mas não pode colocá-lo nunca em posição igual à daquele que nunca transgrediu a lei. Mas o nosso Deus pode e faz isso. Deus tanto perdoa o pecador, como justifica-o. Isto é, trata-o como se nunca tivesse pecado! Aleluia ao Trino Deus! E tal fato ocorre no momento em que o pecador arrependido aceita Jesus como seu Salvador pessoal. Aqui no mun¬do, um criminoso nunca mais receberá a consideração de justo por parte de seus semelhantes, mas Deus declara justo o pecador que Ele justificar. Sim! “Justificado!” – é o veredito divino. Quem pode agora nos condenar se é Deus quem nos justifica? (Rm 8.33-34). Aleluia!

Como é possível um Deus justo justificar um ímpio? (Rm 4.5). Já tentamos explicar: substituindo o culpado pelo inocente, o pecador pelo justo, e transferindo a culpa de um para o outro. Foi o que aconteceu no Calvário. Não foram os soldados romanos que levaram Jesus ao Calvário e ocasionaram sua morte, mas os meus e os teus pecados. Sua vida não foi tomada. Ele a deu como sacrifício para nos redimir.

É evidente que justificar é mais do que perdoar. Pela justificação o crente é declarado justo. A origem da justificação é a graça de Deus (Rm 3.24 e Tt 3.7). A base da justificação é o sangue de Jesus (Rm 5.9). O meio da justificação é a fé que vem por Jesus (Rm 3.28; 5.1).

Regeneração é um termo relacionado à família. Tem a ver com a nossa inclusão na família divina. É o ato interior operado na alma, pelo Espírito Santo. É a nova vida em Cristo, o novo nascimento. Sendo regenerado pelo Espírito Santo, o crente é filho de Deus. O lado externo da regeneração é a conversão, isto é, aquilo que o mundo vê ou percebe. Conversão é a mudança externa da pessoa, seu procedimento resultante da regeneração, a qual é a mudança interna na alma. A regeneração é a causa, a conversão é o efeito. Há um sentido em que a conversão não é total (Mt 18.3; Lc 22.32 e Tg 5.19).

O que ocasiona a regeneração não é a justificação, mas a comunicação da vida de Cristo. A justificação é imputada; a regeneração é comunicada. Justificação tem a ver com o pecado; regeneração, com a natureza. Justificação é algo feito a nosso favor; regeneração é algo operado em nós.

O resultado da regeneração é a mudança de condição – de servo do pecado e do Diabo para filho de Deus (Jo 1.12,13; 3.3 e Tt 3.5). Pela regeneração o crente é declarado filho de Deus.

Santificação é um ato divino que também ocorre dentro do homem, refletindo logo em seu exterior. Daí a diferença entre santidade – um estado – e justiça – santidade prática, de vida (Lc 1.75). Na operação divina da conversão, a santidade de Cristo passa a ser a nossa santidade (Cl 2.10; 1Co 2.30; Hb 10.10,14 e Rm 8.2). Seus méritos são creditados à nossa conta. Estamos tratando da santificação posicional em Cristo, não da santificação progressiva, no viver diário do crente, como mostrada em 2 Coríntios 7.1 e Apocalipse 22.1.

O resultado da santificação, operada na conversão, é a mudança de vida.

A salvação considerada sob estes três aspectos simultâneos é perfeita. É a salvação no sentido objetivo. Estamos em Cristo (2Co 5.17 e Jo 15.4). Nunca seremos mais salvos do que somos agora. Cristo não fará mais nada para salvar-nos além do que já fez. Ele já fez tudo o que era preciso e possível. Aí está o perigo do pecador rejeitar a Cristo, pois não haverá outro plano divino de Salvação. O atual é eterno (2Tm 1.9 e Ef 3.11). Nem mais outro sacrifício expiatório terá lugar, pois o de Jesus foi perfeito e completo (Hb 9.26; 10.10,12).

Pela santificação em Cristo, o crente é declarado santo. Por ela, o crente entra em boas relações com Deus quanto à sua na¬tureza, pois Ele é santo (1Pe 1.16 e 2Tm 2.21).

Estas três bênçãos – justificação, regeneração e santificação – são simultâneas, no sentido objetivo. As três constituem a plena Salvação em Cristo (2Co 5.17).

A Salvação na experiência humana

Quando falamos de salvação na experiência humana, estamos falando de salvação no sentido subjetivo. O homem como recipiendário e Deus como o doador. É salvação vista na experiência humana. Considerada a salvação sob este aspecto, ela tem três tempos: no passado, justificação; no presente, santificação; no futuro, glorificação.

a) No passado – justificação: É a salvação da condenação do pecado. O crente foi salvo da condenação do pecado. A Bíblia descreve este fato como ato passado (Rm 5.1 e 1Co 6.11). Justificação é o que Deus fez por nós. O crente foi justificado uma só vez. Daí em diante o que ocorrerá é a purificação (1Jo 1.9 e Jo 13.10)

  • b) No presente – santificação:É a salvacão do domínio e influência do pecado. Santificação bíblica significa basicamente separação para uso e posse de Deus. Uma boa definição é a de Paulo em Atos 27.23: “…do Senhor, de quem sou e a quem sirvo”. Santificação não é apenas a pessoa pertencer a Deus, mas também servi-lo. Se o leitor é um santo de Deus, certamente está servindo a Deus. Há muita santificação por aí que pode ser tudo, menos bíblica.

A santificação posicional, deve tornar-se experimental no viver diário do crente. A santificação é primeiramente interna, isto é, pureza interior, purificação do pecado, refletindo isso em nosso exterior, traduzido em separação do pecado e dedicação a Deus. É um termo ligado ao culto a Deus e consagração ao seu serviço, conforme se vê no livro de Levítico, através de pessoas e coisas, sacerdotes, templo, objetos etc. Quem pensa ser santo deve ser separado do mal e dedicado a Deus para seu uso (2Tm 2.21). A santificação, como aca¬bamos de ver, tem um lado posicional e outro prático: um santo viver.

A justiça é comparada a um vestido (Jó 29.14 e Is 59.17). Mas o corpo, que recebe esse vestido, como deve estar? É razoável um vestido limpo em corpo sujo?

A santificação é o que Deus faz em nós. Nesse sentido, a salvação é progressiva. Uma criança nova é perfeita, mas não é adulta. Uma frutinha é também perfeita ao formar-se, mas não é madura (Ef 4.13). Tendo sido justificado, o crente progride e prossegue para a perfeição, de que em seguida nos ocuparemos. Portanto, ao estudarmos a santificação precisamos vê-la quanto à posição do crente em Jesus Cristo, e quanto ao estado do crente em si mesmo.

  • c)No futuro – glorificação:Será a salvação da presença do pecado em nossa vida. A glorificação é a inteira conformação com Jesus Cristo (Rm 8.23 e 1Jo 3.2). É a perfeição do crente. Na glorificação, a salvação envolverá o corpo físico, então glorificado. Estaremos ressuscitados. Estaremos no Céu (Rm 13.11; 2Co 5.2,4; Fp 2.12 e Hb 9.2). Será redenção do corpo (Rm 8.23).

A glorificação será o que Deus fará conosco.

A salvação é uma obra inteiramente independente de nossas obras, esforços e méritos. Contudo, o homem tem certas condições a cumprir. Essas condições são a fé, o arrependimento e a confissão.

Fé é a confiança em Deus. Ela se ocupa com Deus, assim como o arrependimento ocupa-se com o pecado e o remorso. A fé divisa a misericórdia divina, quando toma-se a mão para receber a salvação (Ef 2.8).

O arrependimento honra a Lei de Deus. Mas, tanto a fé como o arrependimento vêm graciosamente de Deus, para que o homem não tenha de que gloriar-se (At 5.31; Rm 2.4; 12.3; 10.17; At 11.18; Fp 2.13; 2Tm 2.25; Ez 36.27 e Jr 31.3). Bem disse o profeta Isaías que Jeová é a nossa salvação (Is 12.2).

A fé e o arrependimento devem acompanhar o crente em toda sua vida. O primeiro é indispensável ao recebimento das bênçãos; o segundo fá-lo zeloso para pureza. O crente que sabe arrepender-se e humilhar-se aos pés do Senhor é um grande vencedor. Quanto à fé, notemos uma coisa: ela somente opera através do amor (Gl 5.6; Ef 6.23; 2Tm 1.13 e 1Tm 5.8). Há por aí os que se dizem cheios de fé, porém sem qualquer dose de amor divino. É uma anomalia, uma decepção, uma negação da verdade (1Co 13.2).

No tocante à salvação, confissão significa confessar publicamente a Cristo como Salvador. Após crer com o coração (Rm 10.10a), é preciso confessar ou declarar que agora é crente (Rm 10.9-10). Crer Nele sem confessá-lo é flagrante covardia; confessá-lo sem nEle crer é hipocrisia.

Expliquemos: a salvação é uma dádiva ou presente de Deus para nós (Ef 2.8; Tt 3.3 e Rm 6.23). Suponhamos que alguém te ofereça um grande e rico presente, porém suas mãos estão ocupadas com uma porção de objetos inúteis e sem valor, e não queres largar essas coisas para receber esse presente, recusando-o assim. O mesmo acontece em relação a Deus e à Sua salvação. Mas, suponhamos que tu largues tudo e aceites o presente. Nada mereces pelo fato de estenderdes a mão para receber o presente, mas, ao fazer assim, satisfazes a condição para receber essa dádiva. O mesmo se dá em relação à salvação.

Autor: Antônio Gilberto da CPAD NWES

 

O QUE É O RUACH: https://www.cafetorah.com/ruach-%D7%A8%D7%95%D7%97/

O QUE É A PSIQUÊ: https://ligadonavideira.wordpress.com/2013/03/04/explicacao-de-textos-dificeis-da-biblia-alma-e-espirito/

 

ISRAEL FALHOU NA SUA MISSÃO, MAS A IGREJA NÃO PODE FALHAR NA SUA.

Êxodo 19:1-8; I Pedro 2:9.  

  1. Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia vieram ao deserto de Sinai.
  2. Tendo partido de Refidim, vieram ao deserto de Sinai, e acamparam-se no deserto; Israel, pois ali acampou-se defronte do monte.
  3. E subiu Moisés a Deus, e o Senhor o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel:
  4. Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim;
  5. Agora, pois, se diligentemente (aplicado, ativo) ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança,(pacto, ligação, união, compromisso, contrato) então, sereis a minha propriedade peculiar (particular, singular, único) dentre todos os povos; porque toda a terra é minha;
  6. E vós me sereis um reino (estado, governo, império) sacerdotal (clérigo, eclesiástico, presbítero, religioso, reverendo)e o povo santo. Estas são as minhas palavras que falará aos filhos de Israel.
  7. E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha ordenado.
  8. Então o povo respondeu a uma voz, e disseram: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo.

Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (1Pd. 2.9).

Introdução

Este estudo sobre a obra missionária que deveria ser realizada por Israel, e que não foi conforme a vontade de Deus. Não queremos com isso dizer que Israel falhou totalmente, se o fizéssemos estaríamos julgando, queremos apenas destacar os pontos falhos de sua missão, assim como demonstramos as falhas cometidas pela igreja.

Pactos, ou alianças, entre Deus e a humanidade são centrais para as Escrituras. A Bíblia deixa claro que o Senhor fez dois pactos abrangentes com a humanidade: o pacto ou aliança de obras entre Deus e todos os seres humanos e do pacto da graça entre Deus e Seu povo.

O pacto da graça é, na verdade, desdobrado em diversos pactos, um dos quais é o pacto mosaico, também conhecido como o antigo pacto ou antiga aliança. O Senhor redimiu Seu povo da escravidão no Egito, antes de lhes dar a Lei, representando o princípio de que Deus salva as pessoas decaídas somente pela graça, não importando o pacto sob o qual vivem.

Muitas vezes nos sentimos sós, abandonados até mesmo rejeitados pelo homem, mas de repente descobrimos que somos importantes, somos um tesouro, somos propriedade particular do Deus de Israel. A palavra do Senhor diz que o zelo dele fará cumprir cada uma de suas promessas. O Senhor está chamando a sua Igreja para adorá-lo em Espírito e em verdade, para ter um relacionamento íntimo e sincero e uma obediência real.
  1. Deus se dirigiu a Israel considerando-o como propriedade peculiar, que na tradução do hebraico tem o sentido de artigos pessoais que alguém protege e guarda como joias, porém, Deus queria exibir Israel a todas as Nações!

Alguma vez você já pensou no grande privilégio que é ser chamado de “a propriedade peculiar de Deus”? Pois bem, o povo de Israel está recebendo do Senhor essa maravilhosa boa nova: “Vós sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos.”

Mas, como todo privilégio traz consigo uma série de responsabilidades, o Senhor determinou que isso só seria possível se o seu povo vivesse sob a égide (proteção, amparo) dos seus mandamentos e da sua aliança eterna. O que temos aqui é, na verdade, um pacto ou uma aliança entre o Deus libertador e o seu povo, que foi liberto da escravidão do Egito.

Era muito comum na época os tratados de soberania. Quando um rei vencia uma determinada nação, o povo conquistado passava a ser seu vassalo (subordinado, dependente) e uma espécie de sua propriedade peculiar. Deus é o Senhor Supremo de todo o Universo. Ele é o dono dos céus e da terra: “Toda a terra é minha” (Ex 19.5b). Porém, que maravilha Deus querer nos fazer a sua propriedade peculiar! Essa verdade é tão preciosa que será mais uma vez destacada no contexto neotestamentário na primeira carta de Pedro.

Em sua Carta, o apóstolo nos revela que o propósito de Deus em nos conceder esse grande privilégio é para anunciarmos as suas maravilhosas virtudes ao mundo (1Pd. 2.9). Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

  1. Reino de sacerdotes – os sacerdotes eram líderes espirituais que intercediam pelo povo diante de Deus, mas se todos os cidadãos israelitas desempenhassem essa função de sacerdotes, por quem intercederiam? Pelos povos gentios.

  2. Nação santa – santo quer dizer separado para um propósito específico. Israel deveria ser santo em dois sentidos: primeiro, ele deveria dedicar-se à adoração ao Único Deus, ao contrário dos povos vizinhos que eram idólatras; segundo, Israel deveria ser agente (promotor, promovedor, administrador) de Deus em seus contatos com as nações pagãs.

Israel fracassou neste propósito que Deus o havia incumbido, porque dizia que Deus havia criado os gentios para serem combustível para o fogo do inferno, nem mesmo ajudar no parto de uma judia eles não ajudam alegando que seria assim uma forma de trazer mais um gentio ao mundo.

Os gentios nem mesmo podia entra no templo em Jerusalém. Haviam três pátios ao redor do templo: um para os sacerdotes, outro para os judeus e o terceiro para as mulheres judias e todos ficavam numa mesma plataforma. Os gentios, porém, ficavam alguns metros abaixo desta plataforma, onde havia o chamado pátio dos gentios.

 Dessa forma, a Igreja passou a ser e ter o privilégio de ser a principal porta-voz não somente aos gentios, mas a todo Israel. E Jesus ainda supriu a grande deficiência da igreja frente ao grande compromisso que ela foi chamada para anunciar as boas novas ao mundo pagão. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judeia e Samaria, e até aos confins da terra.(Atos 1: 8).

O privilégio dos gentios:

O Evangelho segundo Mateus é um Livro escrito para uma comunidade judaico-cristã, mas em Mateus vemos o Espírito Santo minando, destruindo as estruturas do apartheid judaico. É-nos relatados na genealogia de Jesus que haviam duas gentias em sua linhagem, Raabe e Rute (Mt. 1:5). E o que é pior, Raabe era uma ex-prostituta.

Os magos eram gentios do Oriente (Mt. 2:2).

Em Mateus 12: 41, os ninivitas, contemporâneos de Jonas são mencionados como salvos.  (Povo mais cruel que houve naqueles dias).

A rainha de Sabá, contemporânea de Salomão, num período escatológico, condenará Israel (Mt. 12: 42).

 Conclusão:

E finalmente, vemos o Senhor Jesus derrocando as estruturas do apartheid judaico, ao convocar os seus discípulos judeus à transmitirem as boas novas do Evangelho a todos os povos, implantando assim a nova estrutura da práxis missionária – a Grande Comissão.

A proposta desse estudo é nos trazer à luz a responsabilidade que Deus havia incumbido Israel para anunciar o seu nome entre as nações, o que fez muitos dos seus profetas, mas Israel se omitiu. Portanto, cabe a nós a grande responsabilidade, não somente sermos considerados como adoradores, mas, temos que ser considerados também como pregadores das boas novas do Evangelho da Graça, ou cairemos no mesmo problema de Israel, quanto ao anuncio da Palavra de Deus a todos os povos.

Que possamos refletir nestas palavras de Jesus: ... assim como o Pai me enviou eu também vos envio. (Jo. 20: 21b).

... em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados, a todas as nações... (Lucas 24: 47).

Que as palavras de Jesus possam ser para nós como um combustível de ânimo para realizarmos sua Obra.

 Antigo Testamento em Hebraico link:

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